domingo, 26 de julho de 2009

[Reaching the Stars]

Querido diário,

Finalmente ele chegou. Ouvi o seu passo furtivo no corredor e as batidas leves na porta de quem se faz anunciar discretamente. O meu coração disparou mas fingi não dar por nada, enquanto ajeitava o cabelo. Abri a porta, tentei fazer conversa de circunstância, mas fui rapidamente calada com um beijo. Com a língua dele enrolada na minha, como que gritando desesperadamente por um momento de paixão que estava aprisionado em nós os dois há tempo demais. Pegou-me ao colo com veemência, como quem sabe exactamente o que faz e só Deus sabe como o faz como ninguém. Senti-me flutuar naqueles braços fortes, ao mesmo tempo que sentia o alto latejante logo abaixo da sua cintura e que denunciava que me queria tanto quanto eu a ele.
Esqueci tudo o resto à minha volta. Esqueci que aquela casa era a minha casa, que o sofá era o meu sofá, onde me sento vezes sem conta ao lado do meu homem a ver televisão, pacatamente, de modo rotineiro, monótono, até o ver adormcer, sem me dar o beijo de boa noite que não dispenso. Esqueci o tempo, esqueci o sentimento de culpa que ainda tinha, esqueci o medo da possibilidade impossível de ouvir a porta abrir-se.
Sentei-me em cima dele, dancei em cima das suas pernas e em menos de nada, toda a roupa que trazíamos vestida jazia no chão. Levei-o para a minha cama, beijei-lhe o pescoço, senti que a sua pele se arrepiava, e como que a provocar mais arrepios, percorri-lhe o dorso com as unhas. Fui caminhando com os lábios pelo peito dele, inspirei-lhe o cheiro, sorvi-lhe o sabor e cheguei-lhe ao sexo. Talvez por já se terem passado largos anos, a verdade é que não estava preparada para o que vi. Não me lembrava de que era tão grande, tão grosso, e que, apesar de todas as minhas tentativas de o engolir até ao fim, não chegaria a comê-lo por inteiro, tão astronómico que era. Receei, por uma fracção de segundos, que aquele pau me magoasse quando entrasse dentro de mim, mas relaxei e nunca na vida tinha desejado tanto chupar um homem como a ele, naquele momento. Depois trocámos, chupou-me ele a mim, e tenho em crer que que atingi as estrelas.
Quando finalmente fui assaltada por ele, descortinei-lhe uma raiva no olhar que lhe desconhecia. Talvez por já não haver o amor que outrora nos uniu, talvez por ter passado muito tempo nos entretantos, talvez por ambos estarmos ali unicamente para o mesmo fim, o de darmos prazer um ao outro, repassou-me à vista a raiva de quem fode como um animal com o cio.
Encavalitamo-nos de diversas maneiras e outras mais passar-me-iam pela cabeça mais tarde, assim que a porta se fechou atrás dele, mas naquele momento em só lhe queria sentir a vara, tesa e grossa, até ao mais fundo de mim, não consegui pensar em mais nada.
Pela primeira vez em muito tempo, tive dois orgasmos seguidos, no mesmo acto sexual. E como me souberam bem...! Mas para ser perfeito, tinha de esperar que ele se viesse também. Outra coisa que me surpreendeu, foi a sua resistência. Qualquer um outro, com a raiva, com a velocidade, com o desejo com que me possuiu, ter-se-ia vindo em cinco minutos, e com ele não. O que me leva a crer que era capaz de passar horas seguidas a ser comida por ele, com igual prazer.
Quando se veio, fê-lo em cima de mim, do meu peito. Senti o calor daquela seiva em jacto, que me ardeu na pele, também ela quente dos movimentos e da excitação. Lambi o que restava dela nos meus dedos e o sabor pareceu-me familiar.
Fumámos um cigarro, relaxados, e ele foi-se embora.
O que concluo disto, diário? Concluo que sou uma cabra, por ter trepado noutro homem e ter gostado tanto. Concluo que sou pior que uma cabra porque estava disposta a repetir, mas com mais calma, sem pressas. Concluo que há coisas que não mudam e que, embora tivesse ficado atordoada com o tamanho da rola que me ia arrombar, ainda me lembrava do cheiro e do sabor dele, e de como encaixamos bem. E concluo que os homens são uns inseguros de merda, porque dois minutos depois de ele ter saído, ficou com a sensação de que eu não tinha gostado.
Assim que ele saiu, fui tomar um banho. Enchi a banheira com água quente, depositei-lhe sais e espuma, enchi uma taça de vinho branco gelado e relaxei finalmente. Precisava de apagar do meu corpo o cheiro do corpo dele e não ter mais nada que denunciasse aqueles minutos de prazer, ainda que os guarde na minha memória, religiosamente. Mas agora que escrevo tantas horas depois, que revivo o momento, na vã tentativa de transpor em palavras o que não é possível descrever, quase consigo jurar, que se fechar os olhos, ainda sinto o seu sabor e o cheiro dele no meu pescoço.
Se é para repetir? Não sei... Se me dissessem há pouco mais de uma semana que isto ia acontecer, sentir-me-ia difamada. E quando ele saiu, pensei que seria uma vez sem exemplo. Mas nunca se sabe o dia de amanhã. O tempo encarregar-se-á de responder a essa questão...

A tua,
Miss Shining

sábado, 25 de julho de 2009

[Descontrolo]

Querido diário,

Já não é novidade nenhuma que em pouco mais de uma semana, a "história" com o meu querido ex tem desenvolvido contornos cada vez mais fortes e quentes, no que toca ao nível de excitação. E já aqui disse que o próximo encontro dar-se-ia amanhã, Domingo, muito provavelmente num Motel. Mas nem sempre conseguimos ser calculistas a esse ponto. O tiro saiu-me pela culatra, quando ontem, estando eu com amigos, mal ouvia as conversas e só pensava nele e em comê-lo. Chegámos a um ponto (de rebuçado, talvez), em que, caguei para os pruridos que tinha em trazê-lo cá para casa, e deixei que o meu desejo falasse mais alto. Agora ele está a caminho. E eu conto os segundos. Certifiquei-me que o meu homem não vem tão cedo para casa, mas confesso que sinto medo de sermos apanhados. Sei que é impossível que ele chegue antes das 2h da manhã, mas estou nervosa. E raios me partam, mais excitada ainda com a perspectiva. Estou de tal maneira que sinto todo o meu corpo pulsar na passarinha.

Deseja-me um bocado maravilhoso, diário. É a primeira vez que traio alguém, que traio alguém efectivamente, já que pensamentos não contam. E inesquecível seria sempre, mas fá-lo ma-ra-vi-lho-so!

A tua,
Miss Shining

quinta-feira, 23 de julho de 2009

[Da discussão nasce a luz]

Querido diário,

Ontem tivemos um arrufo. Quase um arrufo de namorados, coisa que não cabe, nem poderá caber neste caso. Foi uma troca de palavras mais acesas, que foi suficiente para me pôr a pensar se valerá a pena andar com isto para a frente. Afinal de contas, se for para discutir por 'dá cá aquela palha', estou já bem servida em casa.
A verdade é que, como mulher que sou, tenho necessidade de ser cortejada. Mesmo sabendo que não lhe devo nada, e muito menos ele a mim, gosto de fazer as coisas com classe. Quero sentir-me desejada, sentir-me especial, ainda que se trate de uma história de ocasião, em que a única coisa em jogo aqui é sexo do melhor. E talvez por isso, acabei por lhe cobrar aquelas pequenas atenções que qualquer mulher merece. Errei. Não é ele que tem que me dar isso. Mas para tudo ficar melhor ainda, seria bom que desse. O sexo então, aliado a algumas técnicas de corte, seria bombástico. Mas não me devo ter explicado bem e acabámos por discutir.
Horas mais tarde oferecemos tréguas. Na verdade, ofereci-lhe mais que isso. Um MMS em que deixei vislumbrar parte da liga e do babydoll que vestia. Acordei-o assim, e parece-me que ficou entusiasmado. Trocámos mais umas fotos, e o meu nível de excitação subiu ao nível do Evereste. Nunca tive tanta vontade de lhe mostrar do que sou capaz. Conversa para cá, conversa para lá, foi impossível esconder o desejo de estarmos juntos para consumar o que a nossa imaginação anda a escrever. Precisamos urgentemente de um sítio onde possamos amar-nos, mas cá em casa está fora de questão. Já é muito mau andar literalmente a desejar outro homem que não o meu, então levá-lo para a cama onde durmo com o meu companheiro, é para esquecer. Acho que nem conseguiria soltar-me.
Depois de nos despedirmos, não consegui adormcer. Dei-me a mim mesma um momento de prazer mais que merecido, e acabei por vir procurar um sítio onde possamos dar largas à imaginação com os nossos corpos colados. Descobri dois ou três motéis (nunca fui a nenhum) que me agradaram. E convenhamos, haverá algo mais excitante do que passar umas horas num sítio feito para o que se quer, a ter sexo proibido?
De manhã, precisei de ir ao ginásio para canalizar estas energias. E à tarde dei comigo à procura de lingerie apetecível. Quero que ele me tenha no meu melhor. Assim o imagino, assim o farei.

A tua,
Miss Shining

quarta-feira, 22 de julho de 2009

[Novo Encontro]

Querido diário,

Em princípio, há novo encontro na forja para o próximo Domingo. Vou, não vou... Vou! Quero estar com ele, se calhar só mais uma vez, não vá ser bom demais e o jogo ficar tão perigoso que não serei capaz de controlar as rédeas. Tenho medo de me viciar, confesso. Sempre que penso naquele corpo forte, cinzelado na perfeição, possante, um arrepio me percorre desde a nuca até à ponta dos dedos dos pés e deixo de ter controlo sobre mim. Remorsos? Claro que os sinto. Mas o meu desejo por ele é ainda maior do que qualquer centelha de remorso, que poderia eventualmente assaltar-me a consciência.
Na noite passada, começámos a escrever uma história a 4 mãos, via SMS, com conteúdos tão explícitos que quase conseguia sentir as suas mãos no meu corpo e o sabor da sua língua na minha. Interrompemo-la (interrompia-a eu) no auge. Ele avisou-me estar a ficar sem bateria no telemóvel e eu que não levo negas de ninguém, muito menos de um telemóvel, fechei-me em copas com um até à próxima. Hoje de manhã, recebi um SMS ligeiramente sentido, não sei até que ponto, mas sentido, a reclamar de ter "perdido o pio". E agora estou assim. Sem mensagens dele, com ele na cabeça, com uma vontade enooooorme de o ver...
Enfim, tenho imensas coisas para fazer. Vou entrar em mute mode.

A tua,
Miss Shining

terça-feira, 21 de julho de 2009

[Crises de consciência?]

Querido diário,

Acho que estou com um parafuso a menos. Só posso estar... Eu que sempre apregoei a bandeira da fidelidade e da lealdade, ando com raiva de mim mesma por não estar a conseguir controlar-me. Se me visse de fora, batia-me. Chamava-me todos os nomes possíveis e imaginários e corria a apontar-me o dedo ao mesmo tempo que dizia não vales nada. Porquê isto agora? Porquê? Porquê? Porquê? Valerá a pena correr o risco enorme de perder o que tenho de melhor, para alimentar um capricho? Mas por outro lado, sei lá se é só um capricho... É mais forte do que eu! Não posso dizer que procurei enganar quem quer que fosse, mas se as coisas estão a acontecer desta maneira, a culpa é minha e só minha.
Procurei não dar muita importância ao que aconteceu no Sábado. Até para poder conviver mais ou menos de bem com a minha consciência. Não pensei muito nisso, procurei não pensar. Almocei com as gals no Domingo, rimos, gargalhámos, metemo-nos na vida umas das outras, comentámos as últimas da moda, da bolsa, da política e do futebol, e sempre que me vinha à boca a tarde com o meu ex, retraí-me.
Até que no meio das considerações acerca da colecção que o Jimmy Choo vai ter na H&M, em Novembro, saíu-me. Traí o ...! Assim, curta e grossa. Silêncio. Aquele horrível silêncio. Até que a I., prática como sempre pergunta
- Se foi bom, caga nisso, e se puderes repete!
E a S. continuava de boca aberta. A L. sorria de nervoso miudinho. A C. brincava com os talheres com aquele olhar reprovador que eu já imaginava que teria.
- Não foi bom, não... Porque me soube a pouco. Não só gostei como quero repetir.
Depois a S. contou-nos que também já traíra o namorado, com um colega de trabalho, e que não só tinha sido bom, como tinha apimentado a relação que tem em casa.
E o medo de ser apanhada, onde fica? Deixa-se em casa, segundo a I. Não se embarca numa aventura destas com medo. É como que dar um mergulho na piscina. Ou é de cabeça, ou nunca mais é.
Ignorei a minha confissão, ignorei o que elas pudessem pensar do assunto, ignorei a vontade enorme de mandar uma mensagem a quem não devia para lhe dizer que tinha vontade de colar os meus lábios nos dele e sentir tudo aquilo outra vez, ignorei até o telemóvel para não cair em tentação. E o Domingo passou.
À noite, já na cama, tentei acordar o meu homem da sua apatia, com a lingerie nova que comprei na Sexta-feira. Beijei-lhe o pescoço, passeei as mãos pelo peito despido e sussurrei-lhe ao ouvido que me apetecia fazer amor. Como resposta tive um amanhã, amor, hoje estou muito cansado, e adormeci com os dedos em mim, numa dança silenciosa mas intensa, num vai e vem que me fez vir duas vezes e com o pensamento ancorado nos lábios que me tocaram no Sábado, e nas mãos que me afagaram os seios com fulgor.

*****

Ontem (e hoje um bocado) continuei a tentar ignorar o desejo de fazer amor com ele. E tentei também esquecer as mensagens. Mas esta tarde foi impossível. O jogo recomeçou e - meu Deus! - como sabe bem. E agora, mais do que nunca, livrei-me das crises de consciência. Que se lixe! Sou uma mulher cheia de vontade de experimentar sensações, de experienciar arrepios que deixam qualquer um sem fôlego. Estou viva, sinto-me viva, e quero viver...
Quero tocar-te, quero saborear-te, quero dançar contigo o ritmo dos primatas, selvagem, quente, descontroladamente. Quero sentir-te, levar-te às nuvens, dar-te a conhecer o Nirvana, e adormecer depois, no teu peito forte, com o sorriso de quem sabe, de quem sente, que foi bom e que valeu a pena.

A tua
Miss Shining

[Greve de SMS]

Querido diário,

Nunca mais mandei SMS sexualmente explícitos ao meu ex. Diminui consideravelmente até, o número de SMS, independentemente do conteúdo. E perguntas-me porquê, querido Diário? Porque se ele não demonstrar a mínima vontade de passar umas horas agradáveis comigo, felizmente há quem queira.
Ai, ai...

A tua,
Miss Shining


Post Scriptum - Tretas! Quero mesmo dizer-lhe que o quero... Que desejo trepar-lhe o corpo e enfiar-me naquele canto mágico que me levará às estrelas. Mas não posso... Não devo. O meu amor próprio, que felizmente não é pequeno, não me permite. Thank God!

sábado, 18 de julho de 2009

[Na boca do Lobo #2]

Querido diário,

Cheguei a casa com ainda mais vontade de sexo do que quando saí. Ali estava ele, igual como se os anos não lhe tivessem passado pela pele. Quando o vi, senti que as pernas me tremiam, e senti percorrer-me pelo corpo um desejo enorme de arrebatá-lo ali mesmo. Mas havia que tactear com mestria as hostes. Conversa de circunstância. Anos para pôr em dia. Um café à beira mar. Cerveja para mim e para ele. Se ele imaginasse que a cerveja em mim, tem o efeito de me soltar de forma que eu mal sei controlar talvez não tivesse sugerido a bebida. Ou talvez tivesse sugerido uma mais forte.
Conversa para cá e para lá, e o assunto tocou em sexo. Claro que tive de ser sincera. Claro que tive de lhe dizer que me sinto carente. Claro que para ele que não deve nada a ninguém, ouvir tais palavras é como que música para qualquer ouvido. E eu ouvia-o e tentava disfarçar a vontade de percorrer com as mãos o corpo dele. Tentava esconder que me apetecia mexer-lhe no pau e descobrir se continuava tão grande e duro como sempre fora.
Não sei bem como foi que as coisas se processaram depois. Sei que ao entrar no carro ele sucumbiu à vontade de me beijar e eu deixei que a minha língua se enrolasse com a dele. Uma das vantagens de beijar um ex é que o sabor é sempre o mesmo e sabemos por que motivo as nossas bocas se encaixavam tão bem naquela altura. E as mãos dele a apertarem-me as mamas... Que arrepio! Que vontade de faze-lo entrar dentro de mim naquele mesmo instante...
Controlei-me. Não por problemas de consciência. Tentei não pensar que tenho obrigações de fidelidade, porque sei que também tenho a obrigação de me sentir satisfeita. E ele... ele satisfaz-me e de que maneira. Controlei-me sim, porque não lhe vou dar tudo de uma só vez. Quero que ele saiba do que sou capaz hoje em dia. Que os anos me libertaram e que a vontade de sexo que me assalta todos os dias é maior do que o mundo.
Cheguei a casa com a sensação de que me soube a pouco, sim. Mas com a sensação de que não pode ficar por aqui e que... quando acontecer outra vez, será... brutal!

Agora não consigo deixar de pensar que tenho de me vir. Imaginá-lo dentro de mim, imaginar-me com a língua em cada centimetro da sua pele, imaginar aquele pau gigante dentro da minha boca. Tenho que me vir. E a pensar nele.

A tua,
Miss Shining

[Na boca do Lobo #1]

Querido diário,

Não há melhor lifting na autoestima de uma mulher que ter um affair. Nada dessas coisas sérias, porque o amor continua nas quatro paredes da nossa casa. Basta um joguinho de palavras que podem ter vários sentidos, ou os sentidos que lhes quisermos dar. De repente, sentimo-nos capazes de conquistar o mundo inteiro. Cuidamos da nossa aparência com o primor que estava escondido sabe-se lá onde, desencantamos um conjunto de lingerie sexy guardado para aquela ocasião especial que nunca mais vem, e munimo-nos de de uma capacidade estonteante de sedução. E melhor ainda, quando o flirting se dá com um ex que não vemos há anos.
É isso mesmo, diário, o que estou prestes a fazer. A encontrar-me com um ex, supostamente para um cafezinho. Mas os SMS que trocámos nos últimos dois dias, antevêem mais qualquer coisa que café. Não faço planos, deixo-me levar. Se acontecer aconteceu, se não, terá sido bom na mesma. Se ele quiser arrebetar-me nos braços, deixar-me-ei levar. Já não o amo há muito tempo. Essa história ficou para trás na devida altura. E ficou bem arrumada, diga-se de passagem. Mas não posso negar que me sinto excitada com a ideia do reencontro.
Ando tão entusiasmada que já me masturbei várias vezes com a perspectiva do encontro. E já me masturbei várias vezes, a imaginá-lo dentro de mim.
Querido diário, reza por mim. Reza para que esta tarde seja memorável e que o meu homem não descubra. É a ele que amo, é com ele que quero passar o resto da minha vida, mas a minha vida sexual precisa urgentemente de um update. E o meu ex sempre foi excelente na cama. Agora que penso nisso, sempre foi melhor que isso. Sempre foi... Maravilhoso.
Conto-te as novidades mais tarde. Reza por mim.

A tua,
Miss Shining

sexta-feira, 17 de julho de 2009

[O início]

Querido diário,

hoje começo a escrever-te. Dar-te-ei forma e cor aos poucos, dar-te-ei vida. Serás de mim aquilo que não me convém ser, porque a moral e a decência não mo permitem. Essa mesma moral, essa mesma decência que me conduziram a esta persona que hoje te assina, diário meu, e que de tão castradoras e por conseguinte, hipócritas, lhes tenho repulsa. E rio-me delas porque não me conseguem calar.

Hoje escreve-se o primeiro capítulo, o início de tudo. Hoje nasceu a Miss Shining.
Que levante o pano. Clap, clap, clap!

A tua,
Miss Shining